terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A questão árabe-israelense.

Para esse primeiro texto produzido pelo Historicidades, não foi preciso muitas horas para se chegar a um consenso sobre qual tema deveria ser exposto. Desde o dia 27 de dezembro quando Israel iniciou ataques a faixa de Gaza, vemos os noticiários de todo o mundo dedicando uma grande parte de seu tempo divulgando o conflito entre o exército israelense e o Hamas. Porém, julgo como preocupante boa parte da população, pelo menos a brasileira, receber uma “avalanche“ de notícias sobre um acontecimento, mas não entendê-lo. Já ouvi perguntas como: Qual é a queixa palestina? A Palestina não é um país? Quem tem razão nessa guerra? A partir de agora mostraremos a história da região, destacaremos questões sobre sua ocupação e domínio político territorial ao longo do tempo, para que possa clarear suas idéias sobre o conflito que vemos nos dias atuais.


O movimento sionista
Desde que foram forçados pelos romanos a deixar a Palestina, a partir do ano 70 d.C., os judeus se dispersaram pelo mundo. Porém, no decorrer da segunda metade do século XIX, surgiu na Europa o movimento sionista, que era um movimento político que afirmava a necessidade e o direito à existência de um Estado Judaico independente, que seria construído por meio da concentração populacional em um determinado território, conseguindo a maioria da população local, e assim o controle político, econômico e principalmente cultural da região. Esse movimento surge devido às perseguições e ao clima anti-semita estabelecido nos locais onde judeus haviam se estabelecido, como no leste europeu, onde milhares deles foram mortos devido ao Pogrom na Rússia (um ataque violento maciço a pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente) e ao caso Dreyfus, que para Perry Anderson foi o estopim para a deflagração do sionismo. Mas na Belle Époque o topo do judaísmo europeu ainda assim desfrutava de um acesso aos círculos governantes da Europa imperialista para além dos sonhos de qualquer outra nacionalidade oprimida da época. Sem esta paradóxica dupla determinação, de cima e de baixo, o sionismo jamais teria atingido os seus objetivos. Baseado nisso podemos concluir que sem o auxílio dos países imperialistas europeus na época, à causa judaica, seu êxodo para a Palestina não teria sucesso.No “apagar das luzes” do século XIX, o movimento sionista ganha força, liderado por um jornalista judeu europeu, Theodor Herzl que escreveu em 1896 o livro O Estado judeu, onde defendia a tese de que os judeus deveriam ter seu próprio país a fim de se proteger do anti-semitismo. No ano seguinte é feito o primeiro congresso sionista na Basiléia (Suíça), onde foi aprovada em caráter oficial a formação de um Estado judeu na Palestina, que na época era controlada pelo império Turco-Otomano e que sua população local era de árabe-muçulmanos. Outros lugares como Uganda e Argentina também foram cogitados, porém severamente rechaçados pela ala mais religiosa do movimento.Mas como é possível voltar a uma terra, onde há quase 2000 anos já não lhes pertence, sem criar nenhum atrito com o povo que lá se encontra. Cada povo tem sua cultura, sua economia, suas afinidades e rivalidades tanto internas quanto externas. Assim como o judeu tem seus hábitos próprios, os árabe-muçulmanos também os tem. A volta dos judeus à Palestina nos seus primórdios iniciou-se antes mesmo do primeiro congresso sionista e intensificou-se após 1897. O processo de volta a “terra sagrada” foi custeado por fundos que tinham por objetivos comprar terras na Palestina a fim de alojar judeus na região, como na criação das famosas e eficientes fazendas coletivas judaicas. Nos primórdios do movimento sionista, enquanto Theodor Herzl ainda cogitava regiões como Uganda e Argentina como possíveis locais para a construção nacional judaica, surgiam os argumentos a favor do território da Palestina: além de ter abrigado (há mais de dois milênios) os antigos reinos de Israel e Judá, este seria, naquele momento, uma porção menor do Império otomano, uma “terra sem povo para um povo sem terra”. A Palestina seria assim uma terra “vazia” que receberia o progresso das mãos dos colonizadores judeus. O que durante o processo migratório judeu para a região, mostrou ser uma idéia totalmente descabida sendo povoada a região, além de, em sua terra prometida e santa (Eretz Israel) desde a expansão árabe nos séculos VII e VIII a esmagadora maioria da sua população era muçulmana.A chamada “conquista da terra” era feita por compra de terras por organizações como a Agência Nacional Judaica, de proprietários notoriamente ausentes, seguida da expulsão dos camponeses que dela tiravam sua subsistência e implantação de assentamentos agrícolas exclusivamente judeus e a “conquista do trabalho”, que consistia no esforço para o emprego exclusivo de mão de obra judaica em todos os ramos da produção agrícola e industrial. Isto significava um boicote aos trabalhadores árabes, que vinha acrescido por um boicote aos produtos árabes.A ida desses judeus saídos da Europa em grandes quantidades teve o nome de Aliá e entre os anos de 1882 a 1939 houve cinco dessas ondas migratórias para a Palestina. Antes desse processo migratório viviam alguns judeus na região, mas em número muito pequeno em relação aos de árabe-muçulmanos.


As Aliás (ondas migratórias de judeus para a Palestina)
A primeira Aliá: Entre as próprias fontes israelenses não há consenso sobre os anos exatos que ocorreu essa migração, nem o exato número de pessoas que nela estavam. Mas essas mesmas fontes indicam números muito próximos uns dos outros, na questão da temporalidade. O período foi entre 1882 a 1903/04 e o número de pessoas, aí sim, com certa disparidade, entre 15.000 a 40.000 judeus, número que representa a minoria de judeus fugidos da Rússia e Romênia de onde a maioria migrou para os Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Argentina. Iniciou-se antes do primeiro congresso sionista. O que marcou significativamente essa primeira grande migração foi a ênfase no estabelecimento de colônias agrícolas e seus fundadores viram como o núcleo para um futuro Estado judeu. A região ainda era controlada pelos turco-otomanos. No início da primeira aliá ainda não existia um movimento sionista centralizado, organizado politicamente, sendo o resultado de uma iniciativa independente de grupos locais na Rússia e na Romênia.

A segunda Aliá: Ocorreu entre 1904-05 a 1914, sendo interropinda pelo início da primeira guerra mundial. As fontes hebraicas indicam que entre 30.000 a 40.000 judeus chegaram à Palestina nesse momento, vindos da Rússia. Sendo obrigatório o ensino na língua hebraica nas colônias judias.

Terceira Aliá: Ocorreu entre 1919 a 1923, chegando a Israel entre 25.000 a 36.000 pessoas. Nesse momento a Palestina já era dominada pela Inglaterra. Nesse período o movimento nacionalista palestino tornou-se especificamente palestino e não mais árabe como era quando a região era dominada pelo império Otomano. Não teve um predomínio de judeus de um determinado local.

Quarta Aliá: Ocorreu entre 1924 e 1932, participaram dessa onda migratória entre 55.000 a 68.000 pessoas. Marca o momento em que Israel passa a ser o destino preferido pelos judeus em todo o mundo, posto antes dos Estados Unidos, que nesse momento aumentaram o controle para seus imigrantes, fechando-lhes as portas e tornando a Palestina como seu destino mais natural e aceitável. Além de ter sido motivada pelo anti-semitismo do governo polaco da época, tendo predominância de Judeus da Polônia e sendo interrompida pela crise de 1929.

Quinta Aliá: Ocorreu entre 1933 a 1939, foi sem sombra de dúvida o ápice dos movimento migratórios de judeus para a Palestina. Segundo o censo de 1931 moravam na região por volta de 195.000 judeus, já as vésperas da segunda guerra mundial a população já era cerca de 472.000. E vieram imigrantes da Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Polônia.


O nacionalismo árabe
O nacionalismo árabe surge ideologicamente no século XIX, vale ressaltar que o oriente médio era controlado pelo Império turco-otomano que apenas no final da primeira guerra mundial perde o controle da região. Do início do século XX à Primeira Guerra Mundial, o movimento cresceu em proporções, organização e importância. Ele lutou pela derrubada do Império otomano, mas não pôde pôr em seu lugar a desejada Nação árabe, sendo confrontado a partir de agora com novas forças de dominação da região: o imperialismo, britânico e francês principalmente o sionismo. Na década de 1920 assumiu a forma de um nacionalismo especificamente palestino quando confrontado com a instauração do Mandato britânico da Palestina, o incremento da imigração judaica, e a ameaça de se tornarem uma minoria em seu próprio país. Porém, havia a debilidade estrutural do movimento, reflexo da organização social semelhante ao “feudal” na palestina e o domínio político nas mãos de alguns clãs familiares.Ao longo da primeira metade do século XX o nacionalismo árabe cresceu paralelamente ao avanço da ocupação judaica na Palestina. Um egípcio, um iraquiano, um saudita, um sírio não eram afetados do mesmo modo que um árabe palestino, mas todos tinham um sentimento de perda.


A Palestina durante o mandato britânico
Durante a primeira guerra mundial a Inglaterra lutou no lado da Tríplice Entente contra a Tríplice Aliança que tinha como um de seus membros o Império turco-otomano, que com a derrota na guerra teve seu território partilhado entre os vencedores do confronto, transferindo assim para a Inglaterra o controle da Palestina. O que determinou de forma definitiva, pelo menos até os dias atuais, os rumos que a região tomou desde então.Antes mesmo do início do mandato sobre a Palestina, o governo britânico já é bastante influente na região do Oriente médio e dita o ritmo e os rumos dos acontecimentos que seguiram. Em 1914, o Egito sob ocupação britânica desde 1882, se torna oficialmente protetorado da Grã-Bretanha, em detrimento ao controle Turco da região. Como reação a isso o sultão turco teria iniciado uma guerra contra as potências imperialistas européias que arregimentou os estados islâmicos a revoltar-se contra o domínio anglo-francês.No primeiro momento, certamente a guerra ajudou numa maior centralização do poder turco. No entanto, em províncias árabes mais distantes, como na Península Arábica, o desejo de emancipação era maior e a diplomacia britânica colaborou para o rompimento definitivo da unidade otomana. Os ingleses tentariam enfraquecer internamente o Império Otomano, incentivando a revolta das províncias árabes contra o poder turco. Estabeleceram-se, então, contatos com Hussein, que era o xerife de Meca, em sua qualidade de guardião dos lugares sagrados e de descendente do profeta Maomé, sua influência moral era bastante considerável. A Inglaterra, representado pelo alto comissário inglês, Sir Henri McMahon, deu o aval para o ambicioso projeto de Hussein: restabelecer um grande Estado Árabe unido e independente, sob a sua liderança. Hussein, então, prometeu à Grã-Bretanha colocar os seus exércitos tribais na campanha militar britânica contra a Turquia, desde que o governo inglês lhe assegurasse a coroa do futuro Reino Árabe, a ser criado após a guerra. Esse movimento começou após a troca de correspondência entre os britânicos e Hussein, nos anos de 1915 e 1916. Na verdade a promessa de unificação e independência árabe era uma farsa diplomática, pois a Inglaterra fechava acordos secretos paralelos com a França e a Rússia sobre a partilha do Império Otomano. Estes acordos impossibilitariam a implantação de um Estado árabe unido e independente, o que ficou conhecido como acordo Sykes-Picot e foi feito em 1916. Esses tratados secretos que foram acertados entre os aliados vencedores da Primeira Guerra, mostram uma enorme falta de atenção pelos desejos, ou mesmo interesses, dos habitantes daquelas regiões. Já a Rússia com a revolução socialista, sairia das negociações e o acordo limitou-se aos interesses franco-britânicos. Nas negociações que se seguiram, o governo britânico utilizou as pretensões sionistas para fazer frente aos interesses da França, sobre o controle da Palestina. Esse seria um motivo importante para os ingleses oficializarem seu apoio a causa sionista, concretizando-se em 1917.Em 1917, o chanceler britânico Lord Arthur Balfour comunicava ao representante do comitê político da Organização Sionista, Lorde Rothschild, que: “O governo inglês encara favoravelmente o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional, para o povo judeu, e empregará todos os esforços a fim de facilitar a realização desse objetivo, ficando, porém, claramente entendido que nada se fará que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas que vivem na Palestina oficializava o seu apoio ao movimento sionista judeu”. É extremamente importante salientar que a declaração Balfour ocorreu dias antes dos bolcheviques se apoderarem do poder na Rússia, acabando de vez com o poder czarista que foi um duro opressor dos judeus da região.A diplomacia britânica, ao longo das negociações, desfez a promessa de unificação e independência feita aos árabes, ao mesmo tempo em que passou a financiar a formação de um “lar nacional” para os judeus em território árabe.Há uma contradição muito importante na Declaração Balfour, que se destaca por ser a imigração condição fundamental para a formação do lar judeu, e tem em uma de suas frases, o destaque à manutenção dos direitos cívicos e religiosos dos não judeus, ou seja, dos árabes. Ora, se o princípio sionista provinha da imigração para a Palestina e essa transferência resultava na expulsão da população local, como que os direitos cívicos e religiosos do povo local poderiam ser respeitados?A partir de 1922, a Liga das Nações concede o mandato de responsabilidade sobre o Iraque e a Palestina. Seu projeto de mandato é notoriamente pró-sionista, a ponto de não usarem o termo árabe, e sim, população não-judia. Além de no decorrer de alguns de seus artigos a dominação é claramente pró-sionista, como: “...a responsabilidade de instituir no país um estado de coisas políticas, administrativas e econômicas, de tal natureza que se assegure o estabelecimento do Lar Nacional para o povo judeu...”, ”...o reconhecimento de uma agência judia apropriada para aconselhar a administração e cooperar com ela em todas as matérias concernentes ao estabelecimento do Lar Nacional judeu e aos interesses da população judia...”, ”...facilitar a imigração judia de mútuo acordo com o citado organismo judeu; de potencializar ‘o estabelecimento intensivo de judeus sobre as terras do país’, compreendidos os domínios do Estado...”, entre outras. O imperialismo britânico – foi um dos grandes responsáveis pela situação que se tornaria insustentável. Enquanto aos árabes foi negada a independência e impossibilitada a unificação, os sionistas foram os grandes beneficiados; e isso, não aconteceu simplesmente pela boa vontade da Grã-Bretanha em dar ajuda humanitária aos judeus, mas por uma política direcionada que visava principalmente um forte apoio internacional e o domínio da Palestina.


Acirramento dos ânimos
Em 1928, é fundado no Egito a Irmandade Muçulmana que idealizou o islamismo político idealizado pela Irmandade Muçulmana, que combatia principalmente a influência ocidental nos países muçulmanos; o domínio anglo-francês do pós-guerra no Oriente Médio e no nordeste africano colaborou para uma rápida divulgação dessas idéias, reforçando-se a idéia de um pan-islamismo, em que a afinidade religiosa seria a chave para uma unificação e o Islã funcionaria como sua base ideológica, sem divisões por origem étnica. Pregava a união dos Estados islâmicos.Também existia Pan-arabismo que era um movimento para a união dos povos árabes (independentes da religião), ambos tinham graves problemas internos, no que diz respeito a suas identidades. Mas na questão Palestina as ideologias tanto árabes, quanto islâmicas foram canalizadas e encontraram um vasto terreno de divulgação ideológica, devido à forma do projeto de colonização sionista, que segundo uma lista de documentos, como os artigos do estatuto da Agência Judaica, declarações feitas no congresso sionista em 1913 e no relatório britânico da Comissão Real, dão conta de práticas ilegais no que diz respeito à fixação em solo palestino. “Todas as terras compradas pelo Fundo Nacional Judeu tornaram-se legalmente, racialmente ‘judias’ e não podiam jamais ser readquirida por um não judeu. Os fazendeiros e trabalhadores árabes eram, respectivamente, desapossados ou expulsos pelo boicote racial sionista ao trabalho árabe, que se estendia a todas as possíveis empresas sionistas, tanto urbanas como rurais. Se árabes tinham de ser empregados sob instruções britânicas, recebiam salários mais baixos do que os judeus para o mesmo trabalho”.Na Palestina, nesse meio tempo (1936), a população árabe voltou-sesimultaneamente contra os ingleses e os sionistas. O Haganh (Exército Clandestino judeu, criado no início do século com o objetivo de defender as colônias judias), apoiado pela Grã-Bretanha, entrou em ação contra os árabes.Em 1939, a Grã-Bretanha lança um livro branco. Preocupada com os crescentes movimentos populares palestinos e as reações dos judeus, teria decidido limitar a imigração judia, efetivamente. Com a eclosão da guerra, em 1939, uma onda de imigração clandestina começou a desenvolver-se na Europa. Segundo fontes judaicas de 1945 a 1948 foram transportados cerca de 70.000 pessoas por barcos, e 13.000 por outras vias. O Governo Britânico opunha-se tenazmente, patrulhando o Mediterrâneo e capturando todos os barcos que podia. Os imigrantes capturados eram desembarcados de volta na Europa, ou em campos de refugiados no Chipre ou na própria Palestina. Porém, a descoberta do genocídio nazista aos judeus como a principal razão da insustentabilidade da política restritiva britânica à imigração sionista para a Palestina.Os conflitos entre os dois lados intensificam-se, Organizações terroristas judias, por sua vez , como o Irgun (surgido em 1938, de uma dissidência do Haganah) e o Stern (fundado em 1941), engajaram-se na luta contra o domínio britânico e os árabes, sobretudo após 1944. Um grande exemplo disso é o episódio ocorrido em outubro de 1945, quando Ben Gurion, o então presidente do diretório da Agência Judaica lançaria, em nome da comunidade judia, um apelo à luta armada. Essa seria marcada por atentados espetaculares, como a destruição, pelo Irgun, do Hotel King David de Jerusalém, sede do estado-maior inglês. Entre judeus, árabes e ingleses, dezenas de vítimas seriam retiradas dos escombros.No imediato pós-guerra é importantíssimo lembrar que a Inglaterra estava muito fragilizada. Por isso, declarava que deixaria o domínio da Palestina em maio de 1948, deixando a cargo da recém criada ONU (1945) a decisão sobre o futuro da região.


A ONU intermediando
Em 29 de novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas votava pela partilha da Palestina entre um Estado judaico e um Estado árabe. A cidade de Jerusalém, considerada uma entidade separada, seria colocada sob autoridade internacional (na época a cidade tinha uma população igual de judeus e de árabes). Nesse período a população judaica ainda era minoria, mas contariam com uma extensão territorial maior para o seu Estado. Por esse motivo, as declarações da ONU aumentariam ainda mais as tensões entre árabes e judeus, dando origem a conflitos ainda maiores; levando a guerra entre árabes e israelenses nos anos de 1948/49 o que delimitou uma nova fronteira nos territórios judeus e árabes na Palestina, ficando Israel com pouco mais de 70% do território palestino, gerando também problema dos 900.000 refugiados palestinos que foram expulsos de suas casas.


Considerações finais
Reservei-me em terminar o artigo nessa guerra terminada em 1949, por entender que as origens desse conflito que ainda vemos nos dias de hoje, cessam nesse período, o que acontece a partir desse momento são os desdobramentos e conseqüências desses fatos mostrados durante o texto.É de profunda importância ressaltar que o HISTORICIDADES tem o compromisso com a imparcialidade, mesmo sabendo que os seres humanos levam para suas obras, suas impressões pessoais sobre todos os assuntos nos quais se propõem a discutir. Mas voltando ao tema, será que é possível uma solução pacífica para a questão árabe-israelense? Você leitor o que acha? O que vemos até agora são proposições de soluções radicais, utópicas e demagogas. Muitos se enganam achando que é uma questão religiosa, quando na verdade a religião é usada apenas como pretexto por alguns, o que vemos se analisarmos os discursos de ambos os lados são ressentimentos históricos sobre os respectivos territórios.

Escrito por,
André Braga.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Iniciando os trabalhos.

Estamos iniciando nosso longo e árduo trabalho de composição de um espaço onde você encontrará as mais importantes provas de história de vestibulares e concursos.
Aqui também será o espaço onde colegas historiadores poderão divulgar seus trabalhos de pesquisa. No HISTORICIDADES publicaremos importantes textos sobre os mais relevantes momentos históricos, para que seja possível esclarecer algumas dúvidas sobre questões que nos cercam em nosso cotidiano e muitas vezes não entendemos suas razões. Iniciaremos essa parte com um texto sobre a questão ÁRABE-ISRAELENSE.
Também contamos com sua ajuda para que possamos oferecer o melhor em história para vocês. Podendo nos enviar suas opiniões, sugestões e ou críticas do nosso trabalho.
Fiquem ligados no HISTORICIDADES, ele é o seu espaço da história na internet.

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