Para aprofundarmos os estudos sobre a civilização grega, focaremos nas duas principais cidades, que eram Esparta e Atenas.
Começaremos por Esparta, que foi formada através da junção de três tribos dos povos Dórios (que já se destacavam por ser um povo guerreiro). Sua sociedade era estamentada, ou seja, indivíduos de camadas mais baixas da sociedade espartana não ascendiam socialmente. Sua divisão social era a seguinte:
Espartanos ou Esparciatas – Descendentes dos Dórios eram os únicos detentores da cidadania, tinha o poder político, militar e religioso.
Periecos – Livres, dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Derivavam de povos dominados pelos Dórios, mas que aceitaram a dominação de forma pacífica.
Hiliotas - Servos pertencentes ao Estado e eram cedidos aos espartanos junto a terra. Derivavam de povos dominados pelos Dórios e que não aceitavam a dominação.
Pode-se perceber que em Esparta não havia escravidão, e sim, servidão. Porque o Hilota era preso à terra em que prestava o serviço. Por estarem em enorme maioria eram controlados pelos espartanos com extrema violência.
A cidade era controlada por uma oligarquia formada pela aristocracia local. Onde existia uma diarquia (2 reis) que tinha funções militares e religiosas. O Euforato que era formado por 5 membros eleitos anualmente, tinha a função executiva, onde cuidava da coisa pública e fiscalizavam a vida do cidadão. Abaixo, vinha a Gerúsia, que era formada por 28 membros aristocratas com mais de 60 anos, com funções legislativas, de corte suprema e controle das atividades dos diarcas. E na sua base estava a Àpela ou Assembléia popular, formada por todos os cidadãos com mais de 30 anos, que votavam leis e escolhiam os gerontes. Lembrando que cidadão em Esparta, eram apenas os espartanos.
A educação espartana era voltada para a obediência e aptidão física, inclusive as mulheres, que mesmo numa sociedade patriarcal detinham mais liberdade do que em outras cidades gregas. Pois precisavam suprir a ausência dos homens enquanto eles estavam nas guerras e deviam manter uma boa aptidão física para gerar filhos com ótima saúde e elas mesmo em alguns casos irem à guerra.
A preocupação com o físico era tão grande que os recém nascidos que apresentavam problemas eram jogados fora, literalmente. Já os meninos saudáveis, com 7 anos eram entregues aos cuidados do Estado, com 18 anos entravam para o exército, aos 30 anos tornavam-se cidadãos (podendo casar e ter participação na política, através da Àpela), somente aos 60 anos saiam do exército e podiam eleger-se a Gerúsia.
Foi uma sociedade voltada para a guerra, diferentemente de Atenas que teve um foco maior na comercialização de produtos.
A cidade estado de Atenas foi fundada pelos Jônios. Foi uma cidade que privilegiou o seu comércio, que na falta de terras agricultáveis e o aumento de sua população, foi obrigada a estabelecer colônias em vários pontos do Mediterrâneo, enriquecendo e expandindo a cultura grega para outros pontos.
Devido à presença marcante do comércio na vida ateniense, sua sociedade diferenciava-se da espartana. No topo da pirâmide social estavam os Eupátridas que procuravam manter seus privilégios e detinham as melhores propriedades, abaixo vinham os Georgóis e logo a seguir os Thetas.
Com a economia bastante dinâmica, as classes desprestigiadas pelo governo de Atenas exigiam reformas profundas na sociedade, a fim de melhorar suas condições. Os comerciantes do litoral (pirália), enriqueceram-se e buscaram participação política. Georgóis e Thetas que trabalhavam em geral com o comércio eram chamados de Demiurgos, esses também reivindicavam profundas mudanças.
Outras duas importantes classes encontradas em Atenas, mas que não tinham nenhum direito político, eram os escravos (prisioneiros de guerras e eram a base da produção agrária, podiam chegar a liberdade, mas nunca a cidadania) e os metecos (estrangeiros) que migravam para a cidade devido a força econômica ateniense.
As lutas de classe fizeram surgir as reformas. As classes ligadas ao comércio, ao mesmo tempo, que adquiriam maior poder econômico, procuravam ampliar seu domínio social e político, o que desencadeou vários confrontos e lutas que levaram a uma série de reformas.
O primeiro legislador a se destacar nas reformas foi Drácon, que em 621 a.c, registrou as leis que até então eram baseadas na tradição oral e eram conhecidas apenas pelos Eupátridas, porém não conseguiu diminuir as desigualdades sociais.
O segundo foi Sólon, que em 594 a.c, instituiu reformas mais ambiciosas, como a eliminação das hipotecas por dívidas, libertando os escravos feitos através delas, e principalmente dividiu a sociedade ateniense de forma censitária, ou seja, de acordo com o padrão de renda. Abrindo espaço para a ascensão social e política dos ricos demiurgos. O dinheiro agora valia mais que a tradição. Sólon, também tomou outras medidas no intuito de aumentar a participação na política.
Mas o que se viu foi um profundo descontentamento dos aristocratas que perderam seus privilégios e do povo que devido a sua baixa renda não foi muito beneficiado com as medidas. O que permitiu o surgimento dos tiranos, que governaram de 561 a.c até 510 a.c, quando uma revolução liderada por Clístenes, finalizou a ditadura e deu-se início o que ficou conhecido como democracia ateniense. Espalhando direitos políticos a todo o cidadão ateniense. Ou seja, homens filhos de pai e mãe ateniense, que consistiam em uma minoria, da qual estavam excluídos os metecos e os escravos (maioria da população). Nem mesmo as mulheres atenienses detinham o direito a participação política, pois possuíam papel secundário na sociedade.
não consegui achar sobre os Eupátridas,Metecos e escravos de atenas
ResponderExcluirwww.oreganodumal.blogspot.com
ResponderExcluirLi pra nada nao achei nada do que eu precisava
ResponderExcluirAFFF