terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Início da colonização no Brasil.

A chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500 é apenas um evento dentro de um contexto mais amplo, que foi a expansão marítima portuguesa e européia dos séculos XV e XVI. Em Portugal, diante do seu pioneirismo marítimo, desejava encontrar uma nova rota comercial para fazer seu comércio com as índias. Ao expandir seu contato com o oceano Atlântico, acabou tomando posse de um território vastíssimo, que foi sua principal fonte de renda durante muitos anos, estamos falando do Brasil.

Nos primeiros anos, quase nada de interessante foi achado por aqui, como exceção, podemos destacar o Pau Brasil, madeira tintorial conhecida pelos europeus, que até então era importada do oriente. Sendo assim, as primeiras atividades econômicas concentraram-se na extração dessa madeira. O regime dessa atividade era o ESTANCO, ou seja, sob o regime de monopólio real (régio). Mas como de costume, logo comerciantes privados arremataram o direito de exploração.

Logo foram estabelecidas feitorias, que serviam de fortificações e de depósito de madeiras. O ESCAMBO era a forma de exploração do Pau Brasil, o indígena fornecia a madeira, em troca de produtos de baixo valor para os portugueses.

Ao saberem da existência de Pau Brasil nas “novas terras”, os franceses passaram a freqüentar o litoral brasileiro com assiduidade, pois dependiam das importações dessa madeira realizadas no oriente. Os franceses realmente decidiram ficar, a fim de explorar a região. O que obrigou a coroa portuguesa a enviar para sua colônia na América, expedições guarda costas e depois expedições colonizadoras, no intuito de manter o controle sobre o território. Várias batalhas foram travadas e os portugueses conseguem manter a posse da região. Consolidando o processo colonizador do Brasil.

Para tal, a coroa portuguesa seguiu uma lógica já conhecida por eles, que consistia em dividir as terras em enormes lotes e ceder a particulares o direito de povoá-las e desenvolvê-las. São as capitanias hereditárias. Destinando a colonização a iniciativa privada, o rei praticamente abre mão de sua soberania sobre as terras brasileiras, pois dava aos donatários poderes amplíssimos.


A nova colônia portuguesa foi então, dividida em gigantescos lotes de terra. Cada uma tinha seu administrador, mas curiosamente, nenhum deles eram da alta nobreza, o que demonstra que o empreendimento tinha pouca atratividade. Por uma combinação de fatores, como a necessidade de alto investimento financeiro e as incertezas e os riscos da empresa colonial, como a distância da metrópole, o isolamento das demais capitanias e os ataques dos índios. Esses são os fatores que levaram ao fracasso o sistema de capitanias hereditárias no Brasil.

Como a coroa mantinha suas pretensões de povoar o Brasil, foi mudada a estratégia, surgindo assim, o GOVERNO GERAL em 1548. No ano seguinte, em 1549, desembarca na colônia o primeiro governador geral, Tomé de Sousa.

As capitanias hereditárias não foram extintas, mas em tese, perderam sua plena autonomia, passando a responder e ficar subordinados a um governo central, que respondiam em nome da coroa.

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