segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Merovíngios e Carolíngios

A penetração bárbara no império romano iniciou ainda na fase áurea de Roma, quando o então imperador Otávio Augusto recrutou germânicos para integrar as legiões do exército romano. No período decadente do império, mais precisamente nos séculos IV e V e ao longo dos séculos posteriores a região foi sucessivamente invadida por tribos germânicas, as quais originaram diversos reinos romanos / germânicos.

Entre todos esses reinos apenas os FRANCOS foram duradouros, caracterizando-se por ser a última “resistência” ao processo de feudalização na Europa. Sua primeira dinastia foi a MEROVÍNGIA (nome derivado do herói franco Meroveu). Seu neto, Clóvis, anexou vários territórios em batalhas. Em 496, deu um passo importante para fortalecer seu poder real, converteu-se ao cristianismo, ganhando o apoio da Igreja e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos. Fato que também contribuiu para aumentar a integração entre conquistadores e conquistados.

Porém, um processo muito comum durante a idade média, enfraqueceu o poder da dinastia. Por serviços prestados ao rei, como recompensa, as terras do reino eram distribuídas para o clero e a nobreza. O que aos poucos acarretou numa perda de poder real nessas terras, que se submeteram aos senhores feudais.

O poder transferiu-se para os prefeitos (mordomos) do palácio, verdadeiros primeiros ministros. Destacando-se no cargo, Carlos Martel, barrando a expansão árabe em 732. Seu filho Pepino, o Breve, com o apoio papal depôs o último soberano merovíngio, iniciando a dinastia Carolíngia. Em retribuição ao apoio, cedeu território a igreja, que deram origem aos Estados Pontifícios (na Itália).

Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino e o mais famoso e importante dos reis francos, assumiu o trono e expandiu suas fronteiras, aumentando seu poder sobre o reino. Pois, ao contrário dos merovíngios, ao conquistar novas terras e distribuí-las aos aristocratas, exigia que um compromisso lealdade com o rei suserano.



Carlos Magno também contou com o apoio da Igreja, que assim, propagava o cristianismo aos povos conquistados. Sendo inclusive coroado como imperador do novo Império Romano do Ocidente.

A organização de seu império foi feita em unidades político administrativo, chamadas:

Condados→ Onde os condes administravam e eram nomeados diretamente pelo imperador e a ele ligado pelo juramento de fidelidade.

Marcas→ Eram unidades de fronteiras, onde os marqueses administravam. Tinham grande poder militar.

* Ainda tinham os barões, que de seus fortes, auxiliavam na defesa das fronteiras.

Todos eles estavam sujeitos às fiscalizações dos missi dominici, que eram funcionários do imperador, encarregados de conter os abusos dos condes e marqueses, além de zelar pela aplicação das leis imperiais (capitulares).
Com a morte de Carlos Magno, Luis o Piedoso, governou o império até o ano de 841. Mas quando morreu a questão sucessória enfraqueceu o poder real. Devido a várias disputas sobre a legalidade do novo monarca. O que vai levar a um acordo, o Tratado de Verdun em 843, que previa a divisão do império em três partes, cada filho ficou com uma. Duques, marqueses e condes passaram a ter maior autonomia, somado a novas invasões bárbaras no século IX, consolidando-se assim, o feudalismo europeu.

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